Em tempos de novidades no modo de consumir das pessoas, é importante que a gente entenda os novos formatos de comercialização de produtos.
Em alguns casos a marca/loja vai precisar apenas fazer pequenas modificações, e em outros casos o fabricante/lojista vai precisar se reinventar.
Por isso hoje vamos conhecer um pouco mais da Economia Circular…

Economia Circular na Moda
Economia Circular, é o modelo de negócio que busca aumentar o ciclo de vida de uma peça de roupa, atenuando a cultura do desperdício e tornando a indústria têxtil mais sustentável e adequada à nova realidade de consumo.
A importância de pensar em um planeta melhor daqui alguns anos, tem despertado nas marcas/lojas a importância de fazermos algo hoje que reflita positivamente no futuro.
Hoje temos aproximadamente 2 bilhões de pessoas no planeta, e em 2050 devemos chegar a 9 bilhões (segundo dados da ONU)… se com 2 bilhões já temos problemas sanitários e ambientais, tudo tende a piorar se algumas ações não forem feitas hoje!!!!
Acredito que a criatividade e a tecnologia serão itens muito importantes para que o mercado da moda consiga criar peças com qualidade usando meios de produção mais sustentáveis e inovadores.
A conscientização ambiental tem cada vez mais importância na hora da compra de um produto, talvez você lojista ainda não tenha sentido isso no balcão da sua loja, mas você precisa estar atento a essas modificações de comportamento que mudam rapidamente.
Todo esse processo de modificação já tem acontecido na produção das peças, e em breve começará a ser sentido também na parte comercial, o mundo tem passado por diversas transformações e quem entende as necessidades de consumo acaba saindo na frente.
Agora o desafio vai ser você lojista conseguir adaptar essa nova realidade ao seu público, e isso infelizmente não tem regra porque vivemos em um país continental e o que vale como regra para um estado pode não valer para outro.
O primeiro passo vai ser conhecer todo esse processo de sustentabilidade, recycling, upcycling,… e aqui mesmo no F+P Biz você encontra material explicativo para que você entenda um pouco mais sobre esses assuntos.
Mas vamos deixar alguns itens que podem te inspirar e começar a usar a Economia Circular na sua fábrica/loja:
– Incentive a participação do consumidor em um sistema de coleta de roupas para o processamento em escala permitindo sua utilização na confecção de novas peças;
– Ofereça descontos para o cliente que trouxer peças da coleção passada em ótimo estado;
– Tenha pontos de coleta de roupas usadas da própria marca e programa de fidelização na compra da nova coleção;
– Você pode deixar um espaço na sua loja para peças Second Hand, com peças em bom estado de coleções passadas, algo como um brechó;
– Informe seu cliente sobre temas que envolvem o universo da sustentabilidade;
– Compartilhe as ações sustentáveis das marcas que você revende;
– Participe de campanhas de divulgação e esclarecimento do público sobre as vantagens da moda circular;

É importante entender que “usar” a moda circular e colaborativa na sua marca/loja é uma questão de estratégia. Assim como em qualquer empresa, é preciso planejamento, estudo, pesquisa e capacitação.
Um case importante e que reforça a importância da Economia Circular é o site Enjoei, que tem
Pesquisa da GlobalData divulgada por um dos maiores brechós on-line dos Estados Unidos, o thredUp, revela que o mercado de roupas de segunda mão já cresce mais do que o do varejo em geral.
Em 2019, as vendas dos brechós nos EUA subiram 49% sobre igual período do ano anterior e as do varejo em geral, 2%.
O levantamento também identificou que quatro em cada cinco consumidores estão dispostos a comprar roupas usadas na medida em que o orçamento aperta.
A previsão é que o mercado de roupas de segunda mão, que foi de US$ 28 bilhões nos EUA em 2019, deva atingir US$ 64 bilhões em cinco anos e que, até 2029, ultrapasse o de fast fashion.
No Brasil, segundo o Diário do Comércio a participação de produtos usados no faturamento total do varejo brasileiro é incipiente, devendo atingir 0,018% neste ano, de acordo com projeção da Confederação Nacional do Comércio (CNC).
Entre 2008 e 2018, o faturamento nominal do varejo brasileiro cresceu 199% e o da venda de produtos usados, 132%, de acordo com dados do IBGE.